A venda da água poderá trazer grandes prejuízos para o município
Diante do ato do prefeito Amarildo Alcântara em decidir sozinho a venda da água pública de São Fidélis, a sociedade, juntamente com o sindicato que representa os trabalhadores (as) em saneamento do Norte e Noroeste, tem se mobilizado para alertar a população fidelense sobre o aumento da conta de água no município.
Nesta quinta (30/10), comerciantes estiveram reunidos na Associação Comercial, Industrial e Agrícola de São Fidélis, com a intenção de debater sobre os prejuízos de uma possível privatização da Cedae no município. O encontro contou com a participação do presidente do Staecnon/RJ, Hélio Anomal, do Vice-presidente, Josemar Violante, além de trabalhadores (as) e representantes da sociedade.
“Água é vida e vida não se vende. A água deve ser um bem público! Entendemos que, uma decisão tão importante deve ser tomada com o envolvimento e a participação de todos, inclusive dos comerciantes que contribuem para o desenvolvimento econômico do Município e principalmente, da população fidelense.” – Disse Hélio Anomal.
Durante a reunião, foi abordada uma série de questões importantes. Foi mostrado tabelas comparativas provando as diferenças de valores tarifários que são praticados pelas empresas privadas em outros municípios, muito superiores ao que é cobrado em São Fidélis. Sendo a Cedae uma empresa pública, é dever do estado atender a população com uma tarifa mais barata, investindo em áreas mais carentes e subsidiando recursos para manutenção de cidades que arrecadam menos.
Vale destacar que, com a Cedae, nenhum prédio público paga conta de água, uma economia de milhões aos cofres da prefeitura de São Fidélis. Ao contrário, com a venda da água no município, hospitais, postos de saúde, escolas, creches, além de secretarias e todos os demais imóveis públicos terão que pagar, logo, a conta da prefeitura e irá para o bolso dos fidelenses.
“A iniciativa privada jamais oferecerá água gratuita, a água que hoje é oferecida pela Cedae será cobrada e a conta repassada para população sofrida. Primeiro eles chegam dizendo que vai baratear e depois não há mais com quem reclamar! Como acontece com a Enel, se não pagar, eles simplesmente cortam o serviço. Sem falar nas taxas abusivas para ligação, religação, hidrometração, além do dinheiro dos fidelenses que será retirado da nossa cidade.” – Disse Josemar Violante.
Como resultado da reunião, os comerciantes concordaram que não é papel do prefeito decidir sozinho uma questão tão importante para o município. Com isso, ficou decidido que o debate deverá ser ampliado para que a Câmara de Vereadores e a população possa ser ouvida através de Audiência Pública que terá o apoio da também da OAB do Lion Clube.
MOBILIZAÇÃO COM A COMUNIDADE
Na próxima semana, acontecerá uma grande mobilização no bairro da Chatuba (na quadra de esportes), uma das comunidades que será mais afetada com a privatização da água.